sábado, 12 de julho de 2014

Técnicas de vestir e despir o utente

As roupas devem ser confortáveis, simples de se vestir e adequadas ao clima e aos desejos do paciente; sempre que possível, dê preferência aos tecidos de algodão por serem macios e permitir uma melhor movimentação.
Resíduos de produtos químicos usados na lavagem das roupas podem ser causa de irritações na pele. O uso de tecidos sintéticos e inflamáveis e de colchetes, correntes e alfinetes deve ser abolido, evitando, com isso, possíveis acidentes e traumatismos.
*      É importante que, para o paciente impossibilitado de manifestar a sua sensibilidade à temperatura externa, o profissional esteja atento para a colocação ou retirada de agasalhos.
*      Também é importante que os cuidadores mantenham a calma no auxílio do vestuário. Os pacientes cansam-se com facilidade e, por isso mesmo, é correto manter roupa simples com aberturas laterais ou frontais e uso de fechos de velcro. Aos pacientes limitados a cadeiras de rodas, é bom optar por roupas confortáveis, largas, especialmente nos quadris.

*      Para pacientes com lesões extensas de pele, independentemente da causa, oriente adaptações de roupas e camisolas: as mangas podem ser desmembradas do corpo da roupa e adaptadas ao corpo do paciente através dos dispositivos acima citados.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Técnicas de substituição de roupas de cama e macas ocupadas

Ø  Providenciar os recursos para junto do indivíduo.
Ø  Aprontar uma cadeira aos pés da cama com as costas voltadas para quem executa
Ø  Lavar as mãos
Trocar as roupas de cama segundo a técnica abaixo descrita:
- Posicionar-se de um dos lados da cama
- Remover a roupa debaixo do colchão de toda a cama, começando pela cabeceira até aos pés (à esquerda) e continuar a desentalar dos pés para a cabeceira (à direita), ou vice-versa;
- Executar três dobras na colcha começando de cima para baixo, depois dobrar outra vez ao meio, no sentido da largura e colocar nas costas da cadeira;
- Executar de igual modo para o cobertor;
- Manter a dobra em cima do lençol que cobre o indivíduo, fazer outra em baixo, seguida de duas dobras laterais, começando pelo lado oposto;
- Assistir o indivíduo a voltar-se para o lado oposto da cama, ajustando a almofada;

- Remover o resguardo, enrolando-o ou dobrando-o em leque até ao meio da cama, encostando-o bem ao indivíduo. Executar do mesmo modo ao lençol de baixo.



- Posicionar o lençol de baixo limpo a meio da cama, da cabeceira para os pés, abri-lo e enrolar ou dobrar em leque a metade oposta para dentro até meio da cama. Entalar a metade da cabeceira e fazer o canto, depois a metade dos pés e respetivo canto e por fim a parte lateral.
- Posicionar o resguardo a meio da cama e enrolar a
metade oposta para dentro até junto do indivíduo, enrolando-o desse lado.
- Virar o indivíduo, ajustando a almofada
- Posicionar-se do lado oposto
- Remover o resguardo e o lençol de baixo descartando-os no saco da roupa suja
- Tapar o colchão desenrolando e entalando o lençol de baixo, fazendo os cantos na extremidade superior e inferior. Entalar o resguardo desse lado.
- Posicionar ou assistir o indivíduo a posicionar-se no meio da cama
- Aprontar o lençol que cobre o indivíduo, desfazendo as dobras laterais
- Posicionar-se de novo no lado oposto onde iniciou a cama.


- Cobrir o peito do indivíduo com o lençol de cima limpo e dobrado, pedindo-lhe para o segurar. Se não for possível, entalar sob os ombros.
- Reunir a extremidade inferior do lençol limpo e a extremidade superior do que se vai retirar.
-Remover o lençol sujo, cobrindo simultaneamente o indivíduo com o limpo. Executar o canto desse lado.
-Aplicar um cobertor ou edredão sobre o lençol de cima
- Executar o canto do cobertor ou edredão e do lençol em simultâneo, fazendo uma dobra junto aos pés, depois de entalar a roupa na extremidade inferior da cama



- Aplicar a colcha sobre o cobertor ou edredão e fazer o respetivo canto.
- Executar uma dobra para dentro na extremidade superior da colcha, de forma a envolver o cobertor ou edredão e executar a dobra do lençol sobre ambos.





- Posicionar ou assistir o indivíduo a posicionar-se.
- Assegurar a recolha do material.
- Lavar as mãos.

Banho no chuveiro/banheira

O banho no chuveiro pode ser realizado pelo idoso semi-dependente e independente. O idoso pode deambular até ao WC ou em cadeira de rodas.
Durante o banho pode permanecer sentado em cadeira (ou outro apoio semelhante) ou apoiado em barras laterais de segurança (na posição vertical).

O princípio básico consiste em respeitar os aspetos já descritos, somando alguns: não deixar o Idoso sozinho no WC, nem deixar que ele tranque a porta, levar todo o material necessário para o WC, auxiliar o Idoso a lavar-se e secar-se, auxiliar o Idoso a vestir-se no WC ou colocar um roupão e vestir posteriormente no quarto.





terça-feira, 8 de julho de 2014

A técnica do banho

      Banho na cama

O banho na cama providencia-se quando o paciente é totalmente dependente ou quando há uma restrição do exercício.
Se o paciente for semi-dependente e seja necessário o banho no leito, deve-se providenciar o material e auxilia-lo na higiene:
1. Reunir todo o material: luvas, bacia, esponjas, toalhas, lençóis, pijama, camisa, calças, produtos de higiene (sabão, cremes, perfumes, etc.), fralda, cadeirão, material de higiene parcial, tesoura, compressas, saco para lixos e roupa suja, etc.;
2. Dobrar a roupa limpa adequadamente e coloca-la numa cadeira na ordem pela qual vai ser utilizada;
3. Respeitar todos os aspetos anteriormente referidos;
4. Identificar-se e explicar o procedimento
5. Desimpedir a área de trabalho e adapta-la ao procedimento;
6. Lavar as mãos, calçar luvas e avental (mudar de luvas e lavar as mãos sempre que necessário);
7. Oferecer urinol ou aparadeira;
8. Posicionar o paciente em decúbito dorsal;
9. Preparar a bacia com água morna;
10. Despir o paciente, ocultando as áreas do corpo que não estão a ser higienizadas (se decidir lavar o cabelo, não deve despir logo o paciente); cobrir as partes do corpo limpas com roupa limpa;
11. Utilizando uma esponja com sabão, lavar a cara, as orelhas, o pescoço, o tórax, os braços (começar pelo membro mais afastado), as mãos, as axilas, a região infra-mamária, o abdómen (especial atenção ao umbigo), as pernas, os pés;
12. Trocar a água da bacia;
13. Lavar a região perineal (região de eliminação urinária);
14. Posicionar o paciente em decúbito lateral direito ou esquerdo (de acordo com a sua preferência);
15. Lavar a região posterior do corpo: a nuca, as costas, as nádegas, a região perineal (região de eliminação intestinal);
16. Aplicar pomadas na região perineal, se necessário;
17. Desentalar o lençol de baixo sujo, do seu lado e dobra-lo em direção ao paciente;
18. Colocar o lençol de baixo limpo, realizando metade da cama, efetuando já os cantos do seu lado;
19. Colocar resguardos e fralda limpos (se necessário);
20. Posicionar o paciente no decúbito lateral oposto, rolando para o lado em que já tem roupa limpa;
21. Retirar a roupa suja do lado contrário e fazer a cama desse mesmo lado;
22. Esticar o lençol e resguardo, certificando que não ficam dobras por baixo do paciente;
23. Fechar a fralda;
24. Aplicar cremes;
25. Vestir o paciente;
26. Posicionar o paciente;
27. Colocar lençol de cima, cobertor e coberta, fazendo os cantos da parte inferior da cama;
28. Preparar o cadeirão (se realizar levante não necessita de proceder ao ponto 26 e 27, antes do mesmo);
29. Realizar levante (transferir paciente para cadeira/cadeirão);
30. Realizar os cuidados de higiene parciais necessários;
31. Arrumar e limpar o meio envolvente;
32. Lavar as mãos.

Questões relativas à privacidade, intimidade e sexualidade do utente

Os profissionais devem assegurar o cumprimento de boas práticas na prestação de cuidados de higiene e imagem, nomeadamente, no que respeita à disponibilização de um conjunto de ajudas técnicas institucionais - ajudas técnicas/ tecnologias de apoio para cuidados de higiene e imagem pessoais -, assegurando deste modo a promoção da sua manutenção e autonomia.
Na prestação dos cuidados de higiene e imagem, cada paciente tem de ser tratado com respeito pelos seus direitos e deveres, pela sua identidade, hábitos e modos de vida e ser-lhe assegurada privacidade, autonomia, dignidade e confidencialidade, sob pena de se estar a violar os direitos dos indivíduos e, consequentemente, não se garantir a qualidade dos serviços
No caso de ajudas técnicas/tecnologias de apoio para cuidados de higiene e imagem individual, como sejam pentes adaptados, entre outros, a responsabilização pela sua aquisição é do cliente, sendo os mesmos pessoais e intransmissíveis, no sentido de salvaguardar o respeito pelas regras e condições de higiene e segurança individuais e coletivas.
A sexualidade integra os aspetos biológicos, físicos, psicossociais e comportamentais, expressos em necessidades e impulsos de masculinidade ou feminilidade em interação com outros.
O respeito pela intimidade e sexualidade do paciente deve ser preservado durante os cuidados de higiene, as consultas, as visitas médicas, o ensino, os tratamentos pré e pós operatórios, radiografias, o transporte em maca e em todos os momentos do seu internamento.


sexta-feira, 6 de junho de 2014

A importância da higiene e do conforto para a saúde do utente

*      A HIGIENE é um conjunto de meios e regras que procuram garantir o bem-estar físico e mental, promovendo a saúde e prevenindo a doença. Na vida quotidiana, satisfazemos as nossas próprias necessidades, no entanto durante o envelhecimento e durante a doença, a capacidade de nos Auto cuidarmos diminui e a carência de cuidados de higiene aumenta.
*      A higiene pessoal é decisiva no que respeita a fatores pessoais e ambientais que incidem na saúde física e mental dos clientes. Por este motivo, os cuidados de higiene exigem uma atitude integral e globalizante que valorize as condições físicas, psicológicas, sociais e funcionais de cada cliente.
*     
A falta de higiene não é apenas um problema que pode interferir com a saúde. Contribui também, e de forma decisiva, para uma diminuição da auto-estima e dificulta a integração social. Sublinhemos que alguns residentes podem já sentir-se diminuídos nestas áreas por negligenciarem habitualmente a sua própria higiene.